quarta-feira, janeiro 18, 2006

 

Diálogo imaginário


Por favor, não. As tuas profissões de amizade são tão despropositadas quanto os meus protestos de amor. Poderia ter sido diferente? Talvez; duvido muito. Talvez se as minhas circunstâncias fossem diferentes; talvez se eu fosse um homem diferente, mais generoso, mais forte; talvez. Mas as coisas são o que são e aquilo que sentimos terá de ser sacrificado. Uma memória, a memória de uma memória, o fantasma de uma memória, um fantasma. E tu já sabias que acabaria assim: O Tempo é o Grande Arquitecto da Destruição, o Ministro da Morte. E eu? Eu sou um estranho entre estranhos; um buraco na realidade que o ar se encarregará de encher. Deixa os mortos enterrarem os seus mortos. O resto é silêncio.

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