quarta-feira, junho 22, 2005

 

Moulin Rouge



Dante Gabriel Rossetti, Lady Lilith (ou Body's Beauty) Oil on canvas, 38 x 33 1/2 inches. 1864-1869.


Sou um grande admirador de musicais e do Fred Astaire em particular. O último filme musical de autêntico génio foi o One from the heart feito no princípio dos anos 80 pelo Francis Ford Coppola com banda sonora do Tom Waits.

Isto, para dizer que ontem já tarde de noite vi o Moulin Rouge na televisão e que fiquei muito desapontado. Desde o kitsch feérico até à estética de videoclip, desde os arranjos musicais homogêneos e massacrantes até à enjoativa repetição de estafadíssimos clichés dramáticos, passando pelo sorriso do Ewan Mcgregor (Deus! dá mesmo vontade de partir-lhe os dentes com umas soqueiras com bicos de ferro!), é um filmezinho sem graça, fogo de artifício para saloio ver.

E depois, e depois existe a Nicole Kidman. Talvez a única estrela de cinema moderna que tenha alguma hipótese de ascender ao panteão das actrizes imortais, e juntar-se à genealogia que vai desde a Greta Garbo até à Audrey Hepburn. Nunca vi a Nicole Kidman tão bonita como neste filme, mesmo que às vezes mais pareça uma barata tonta. Com os cabelos muitos ruivos e os olhos muito azuis e o rosto muito branco como a Morte ou as figuras de Dante Gabriel Rossetti.

É a segunda vez que isto me acontece num curto espaço de tempo: a única coisa a salvar um filme é a beleza da Nicole Kidman. O outro exemplar é essa total e completa fraude artística chamada Dogville. Uch!



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