segunda-feira, abril 18, 2005

 

Do silêncio


Ah, everything is noisy. Just as strong drink is said to stir the blood, so everything in our day, even the most insignificant project, even the most empty communication, is designed merely to jolt the senses or to stir up the masses, the crowd, the public, noise! And we humans, we clever fellows, seem to have become sleepless in order to invent ever new means to increase noise, to spread noise and insignificance with the greatest possible ease on the greatest possible scale. Yes, everything has been turned upside down. The means of communication have been perfected, but what is publicized with such hot haste is rubbish! Oh, create silence!
— S. Kierkegaard.

É raro ver televisão ou ouvir rádio. Não possuo telemóvel. Não uso messenger. Nunca entrei num chat room. Dificilmente os meus amigos me arrancam uma palavra da boca e ainda assim falo demais. Dificilmente os meus (poucos) amigos me vêem, o que, incidentalmente, mostra o quão generosos são comigo (Se algum deles estiver a ler: obrigado!). Sou um buraco na realidade que o ar se encarregará de encher. E no entanto, o ruído dentro do meu crâneo é insuportável.

Banda Sonora: A escolha óbvia seria o 4:33 de John Cage, mas o compositor (como compositor) é sobrevalorizado e só para contrariar escolho os sessenta e tal segundos – não me lembro do número exacto e não me apetece verificar – de silêncio dos Ciccone Youth.



Comments:
De bocados a bocados vejo-te. Está a acabar mais um bocado, certo ?
 
Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?